Havia uma
árvore solitária
O vento
soprava, quase suave
Acariciando
as rosas e margaridas de uma colina
A chuva
batia leve, quase não era chuva
E o riacho
murmurava, confortavelmente,
Debaixo
dessa árvore solitária
Havia uma
mente translúcida
Retinindo em
ideias
Fervilhando
em especulações
E
simplesmente se desmanchando em lágrimas
A medida que
sua vida terminava
Quando havia
se fechado completamente ao mundo
Tendo
certeza de que nada
Poderia
tirá-la do poço de escuridão que fora lançada
A brisa desejou
salvá-la de seu sofrimento
Abriu com os
dedos invisíveis
Uma das
vidas que a mente solitária havia trazido consigo
As páginas
da vida sorriram ao toque da brisa
A vida foi
levada pela brisa que brincava com suas páginas
Um par de
olhos se abriram assustados
Uma de suas
vidas estava sendo tirada
Solitária
ela correu, perseguindo sua vida
Perseguindo
a brisa que ria
Fugindo de
duas mãos que ansiavam
Fugindo de
dois olhos ávidos
Fugindo de
uma mente solitária que conhecia o segredo da vida
Aluna:
Giulia D. Sell
9º ano B
Professora:
Silvia Vieira Sarnowski